quarta-feira, 8 de abril de 2009

Capítulo 2 - A Realidade

Depois de alguns minutos de conversa, percebi que Sahra era muito mais do que um corpo bonito, era encantadora e inteligente, muito inteligente e ia muito além disso, e por esta razão estava neste trabalho.
- Então Alexandre é isso, não vou tomar mais o seu tempo, qualquer coisa ti procuro ou você me liga. - ela me deu o seu cartão. - E também preciso ir pra casa, estou um horror.
Me pergunto como ela poderia dizer isso pra si mesma, ela simplesmente era maravilhosa.
- Tudo bem, mas com uma condição. -ela fez uma cara de surpresa.
- Qual?
- Vou com você.
- O quê? Mas não é necessário, a única coisa que preciso é de um belo banho.
- Não tem importância, vou como você e ponto final. - falei com um sorriso irônico. - E tem mais, eu aceitei em ajudar você, e é isso que vou fazer, custe o que custar, não deixarei você sozinha e com isso a possibilidade de pegar Arthur será maior. - Sabia que devia proteger ela, mas não a esse nível, porém tive que arrumar uma boa desculpa, pois não agüentaria ficar longe dela por muito tempo.
- Hum... - ela estava pensando e com certeza estava em duvida, mas logo falou:
- Ta bom, mas com uma condição. - agora fui eu que fiquei surpreso.
- Diga.
- Você irá dizer que é um velho amigo meu, que veio passar as suas férias comigo, e nada de dizer que você é um delegado, pois se Arthur tiver conhecimento que a policia estar envolvida no caso, será bem pior, e só mais uma coisa, por favor disfarce o uso da arma. - ela falou apontado pra arma na minha cintura.
Como poderia ir contra aquela doce voz? Saía como um veludo as suas palavras, não tinha jeito, respondi:
- Certo.
- Então podemos ir?
- Claro, mas espere um minuto, vou precisar avisa pros agentes que ficarei fora por alguns dias. -ela deu um sorriso em sinal de sim, ah... Aquele sorriso era hipnotizador, era tudo que eu queria naquele momento, ver ela feliz, mas voltei logo a realidade, e retribui o gesto. Então fiz o sinal em direção a porta ela entendeu, levantamos igualmente, mas passei em sua frente para abrir a porta, tinha que ser um cavalheiro, para amenizar um pouco o passado, ela andou levemente pela sala, e passou por mim, nessa hora respirei um pouco mais profundo pra poder aguarda o seu cheiro, pois era um aroma muito agradável, ela passou e imediatamente fechei a porta e falei:
- Sahra! -era virou e olhou nos meu olhos, com aqueles lindos olhos.
- Sim?
- Espere um pouco tenho que avisar ao agente Fabio sobre a situação.
- Ok, vou estar em frente ao prédio esperando por você.
- Como quiser, mas tenha cuidado. - ela deu um leve gargalhada ao escutar a palavra ‘cuidado’, então deu as costas e foi em direção ao portão principal, eu fiz o mesmo, mas no sentido oposto.
- Agente Fábio
- Sim, delegado.
- Fábio estou comunicando que ficarei ausentes por alguns dias, para resolver um caso de urgência.
- Certo delegado, mas posso fazer uma pergunta? - fiz um sinal positivo com a cabeça - tem haver com aquela moça que estava na sua sala?
- Tem sim, mas ainda não posso revelar do que se trata. Por isso você ficará responsável por tudo durante a minha ausência.
- Obrigado senhor pela confiança.
- É isso, até mais Fabio. - dei as costas ao agente e fui ao encontro de Sahra, quando cheguei ao lado de fora da delegacia, lá estava ela sentada no banco que tinha ali próximo, com a cabeça encostada e os olhos fechado, agora não tinha duvida ela estava um caco e lembrei que ela ainda não havia me contado porque estava naquele estado toda suja, me aproximei daquela obra prima, e me sentei ao seu lado e a chamei com um tom mais leve.
- Sahra... Sahra você esta bem?
- Ah!... Oi, estou bem, só um pouco cansada.
- Vamos precisamos ir, você estar de carro?
- Não, meu carro foi roubado ontem a noite, é por isso que me apresento neste estado. - As palavras dela saíram como uma bomba.
- Mais porque não me disse antes, você deve dar queixa.
- Deixa pra lá, Alexandre sei muito bem quem mandou fazer isso.
- Arthur. - Falei com uma raiva irreconhecível.
- Isso mesmo, mas se você não se incomodar, prefiro não relembrar esse fato agora. - Desta vez a sua voz saiu tremula, e com medo, isso fez aumentar a minha raiva.
- Está bem, você me conta quando estiver melhor.
- Obrigada! - e novamente sorriu em sinal de agradecimento.
- Vamos então?
- Claro.
- Por aqui, apontei aonde estava o meu carro. - quando chegamos perto desliguei o alarme e fiz o sinal que podia entra, era obedeceu sem hesitar, entramos ela botou o cinto, e fiz o mesmo.
- Aonde você mora Sahra?
- Na zona sul, no bairro das Palmeiras.
- Sei aonde fica, ah... Se você quiser descansar um pouco ate chegar lá, fique à-vontade.
- É o que vou fazer. - então ela aconchegou no banco e fechou os olhos novamente. Então dei partida no carro e fui em direção as coordenadas que ela me deu. No caminho fiquei observando aquela paisagem e pensando como aquela coisa delicada podia estar envolvida em um enorme problema, e que agora deveria ser forte, para em fretar as dificuldades que viriam pela frente, fiquei remoendo em minha ate chegar no local, isso durou aproximadamente uns 30 minutos, então com uma enorme remorso tive que acorda-lá.
- Sahra.. Sahra, acorde.
- Ahh.. Desculpe, peguei mesmo num sono.
- Não tem problema, mas me diga pra aonde deve ir. - ela acorodu meio perdida.
- Ok, .. Ok, siga em frente e vire na segunda rua a direta e depois a primeira a esquerda, é um prédio azul.
- Certo. -depois de uns minutos.
- É aqui Alexandre, pode colocar o seu carro na minha vaga.
- Ta bem. - quando cheguei em frente ao portão do prédio ela soltou o cinto e se curvou em minha direção para poder falar com o porteiro, isso fez com que pudesse sentir o seu cabeço, era extremamente perfeito, um cheiro de rosas do campo, isso fez meu coração bater mais rápido.
- Oi, Seu Carlos pode abrir o portão, como sempre perdi o meu controle.
- Claro Senhorita.
- Obrigada Seu Carlos.
O portão abriu e segui em frente e estacionei aonde ela apontou. Depois que desliguei o carro ela abriu a porta e saiu, e eu também, trancei o carro, lá estava ela no meu lado me esperando.
- Por aqui, venha.
Acompanhei ela ate o saguão que dava acesso ao elevador. Então veio a supressa.
- Alexandre vou de escadas.
- Por que?
- É.. é.. Sou claustrofóbica, mas se você quiser ir de elevador é o 4º andar apartamento 320, me espera lá.
- Nada disso senhorinha. - falei repreendido ela. - Vou com você.
- Como você quiser.
Então fomos andando em direção as escadas, estava um silencio que não aguentei, e tiver que quebrar.
- Desde quando você é claustrofóbica?
- Deste que me endento por gente. - ela deu um riso de lado.
- Então foi por isso que chorou desesperadamente naquele dia quando trancamos você no banheiro?
- É - ela falou irritada, e percebi que fiz um burrice e precisava ajeitar aquela situação, não poderia deixar ela ficar com raiva de mim, isso era insuportável.
- Desculpe, não era a minha intenção deixa-lá irritada.
- Não se preocupe.
- É sério - falei no mesmo tom, quando um criança pede algo que foi negado.
- Está tudo bem - ela falou com mais entusiasmo - Chegamos!
Ela pegou uma chave debaixo do tapete que ficava em frente a sua porta. Sempre considerei isso uma insanidade, mas logo falei:
- Não acredito nisso!
- No que? - ela falou assustada com a afirmativa.
Eu apontei para chave.
- Ahh.. É isso?! É porque sou muito distraída e perco as coisas com facilidade, mas ainda bem que sou prevenida.
Ela falou numa felicidade só, porque acabara de chegar finalmente em casa, ela abriu a porta e entrou, falou:
- Pode entrar, agora a casa é sua também já que você ficara por alguns dias de férias comigo - falou ironicamente mais também com um lindo sorriso pra mim. E com isso ficarei me perguntado o que seria esse sentimento, amizade, afeto, carinho, culpa pelo passado? Sei lha, mas a única coisa que tinha certeza, que era uma coisa muito mais profunda do que imaginava, e será que ela sente o mesmo, não sei, só o tempo vai dizer.
- Obrigado, mas não exagere muito.
- Tá bom .. Ah deixa eu ti mostra a casa. - o apartamento não era muito grande, porém agradável, tinha três quartos, dois banheiros, uma sala de TV que dava acesso para varanda e a outra de janta, e uma cozinha, tudo normal. Então ela me disse:
- Aqui vai se ser o seu quarto. - o quarto tinha uma cama de casal que para primeira impressão era confortável e cômoda com um TV, com certeza aquele cômodo era pra visitas, mas ela continuou:
- Bem, nas gavetas tem toalhas, e jogo de cama e em relação as suas roupas é por sua conta, só se você quiser que eu emprestes alguns vestidos meus. - ela soltou uma gargalhada gostosa para os meu ouvidos.
- Engraçadinha, mais tarde depois que você descansar agente vamos lá em casa pegar as minha roupas.
Depois das brincadeiras, Sahra falou serio:
- Pronto agora que você conhece a casa fique a vontade, porque vou tomar o meu merecido banho.
- Esta bem, pode ir tranquila - ela se retirou e caminhou para o seu quarto que era uma suíte, depois disso voltei para a sala e reparei que tinha algumas fotos expostas, acredito que era do tempo da faculdade, então andei ate o sofá que era de um couro branco, ao me sentar percebi que era muito macio , logo dedei e puder por os meus pensamentos em ordem, imaginei varias possibilidades de tirar ela dessa enrascada, mas sempre acabava com Sahra sendo um tipo de isca, e isso não podia acontecer, pois a sensação que eu tinha era de puro medo ao bota-lá em perigo. Der repente o silencio foi quebrado, depois de quase duas horas trancada em seu quarto lá estava ela com uma roupa folgada que lhe dava um certo charme e com os cabelos molhados que passava um ar de leveza e um bem estar, logo Sahra parou em minha frente e disse:
- Está bem?
- Estou sim, sabe que esse seu sofá é muito confortável.
- Obrigada, mas você estar pensativo posso saber o que se passa por sua cabeça?
- Possibilidades. -era fez uma cara de curiosa. - De como vou ajudar você.
- Ah é isso.
- Mas mudando o assunto, vamos comer o que afinal, eu estou com fome. - ela simplesmente quase caio pra trás quando se lembrou que não tinha nada pra comer.
- Mil desculpas, estava com tantas coisas na cabeça e tão cansada que acabei esquecendo dessa parte. - falou com um desapontamento de si mesma.
- Não tem problema, eu liguei para um restaurante aqui perto aproveitando enquanto você estava no banho, marquei um almoço para nós dois.
- Que bom! - havia sumido completamente aquele olhar e tristeza e deu lugar para uma alegria radiante. - Mas espere um minutinho que vou trocar de roupa. - Fiz sinal que sim com a cabeça e ela saiu correndo para o quarto se trocar, apostava com qualquer um que ela passaria mais de meia hora dentro daquele closet, mas fiquei supresso pois ela esta de volta em menos de dez minutos. Usava um blusa branca de botão que realçava a sua cintura e um jeans azul claro que contornava o resto do seu corpo, junto com um sapato preto com um abertura na frente e com um pequeno salto, ela estava magnífica, não tinha como eu reagir nesse exato momento, estava encantado pela aquela obra.
- Como estou Alexandre?
- É.. É .. Vo..vo..., você estar ótima - finalmente consegui falar.
- Obrigada! Vamos?!
- Claro - então caminhamos ate chegar na garagem em silencio. Apontei para o carro, e ela abriu a porta e entrou, dei partida e saímos do prédio.


* Gente desculpem os erros gramáticais (tou tentado melhorar)
** Acho que sabado ou domingo sai o cap 3, mas os outros acho que vão demorar um pouco, pois minhas aulas começam segunda-feira.
*** É isso espero que gostem, e obrigada!

sábado, 4 de abril de 2009

Capítulo 1 - A revelação

Capitulo 1 - A Revelação
Uma mulher com botas de couro entrou na delegacia atrás de mim, mas não a vi imediatamente. Senti o seu calor e o cheiro, no entanto - um cheiro forte e estranho que não reconhecia e ao mesmo tempo de um perfume delicado que com certeza seriá importado. Entrei sozinho em minha sala, e quando por fim fui abrir persiana do vidro para olhá-la, vi as botas pretas encardidas, também usava um blazer preto e um vestido branco por baixo, que apresentava algumas manchas (isso não seria normal para um mulher e principalmente para aquela mulher),ela tinha a cor da pele de um bronze perfeito que era para dá inveja a qualquer mulher, aparentava ter uns 25 anos e para completar a sua beleza física era tinha um cabelo escuro, mas não era liso e sim um ondulado impecável. Quando ela retirou os óculos escuros ali apresentava um olhar fixo e ao mesmo tempo preocupada, ignorando o meu olhar, ela parou em frente ao balcão e começou a dialogar com uns dos agentes, não deu para escutar a conversa, mas percebi que ele, o agente, acenou com a cabeça em sinal de positivo e apontou em direção a minha sala. Ela vinha caminhando devagar e com o mesmo olhar, e quando a vi de perto era muito mais bonita do que achava, então me virei e fui sentar para espera ela entrar, depois de alguns segundos ouvi as duas batidas na porta e falei:
- Está aberta.
Ela abriu e fechou a porta delicadamente, mas desta vez estava com a cabeça baixa e sentou em minha frente ainda na mesma posição sem falar nada, essa espera estava me torturando então resolvi começar:
- O que posso ajudá-la senhora?
Neste exato momento ela ergueu a cabeça e olhou nos meu olhos, senti um pouco de remorso ao iníciar a conversa e me perguntado o que foi que eu fiz?! Então ela falou:
- Em primeiro lugar meu nome é Sahra Moura e acho que o senhor não está lembrado de mim, corrigindo não acho, tenho certeza.
Não hesitei e fui firme.
- Sim, eu não me lembro, mas a senhora pode me ajudar.
- Certo. Bem estudei com o senhor quero dizer com você Alexandre no ensino médio e eu era aquela garota tímida que sentava na primeira fila na primeira cadeira do lado esquerdo da sala e que você junto com seu amiginhos faziam brincadeiras e piadas não muito agradáveis. Acho que você se lembra de mim agora.
Com um pouco de receio respondi:
- Lembro sim, mas deixando de lado as nossas recordações, porque você está aqui?
- Ok! Alexandre você é o único que eu posso confiar entre tantos nesta sua profissão, apesar do passado, mas indo direto ao assunto eu sou uma engenheira química e faço projetos para o governo.
- E que tipos de projetos?
- É... é.. projetos secretos.
Ela falou rápido e antes que eu dissese algo ela continuou.
- Antes que você fale preciso continuar. Por causa desse projeto que no momento não posso revelar o seu objetivo a você, estou correndo perigo de vida, mas o pior estar por vir, quem estar atrás de mim é um empresário Arthur Mendez e pode acreditar ele não está poupando esforços pra isso.
Senti a minha cara totalmente no chão, não pode ser, Sahra aquela garotinha que mal falava, estava trabalhando secretamente para o governo e que muito menos Arthur Mendez o cara que estou há dois anos investigando para botar atrás das grades, estava perseguindo-a.
- Não posso acreditar nisso.
- Estou falando a verdade ALEXANDRE (falou num tom mais alto) você acha que vou perder o meu tempo com VOCÊ, e me dar ao trabalho e ficar nesse estado só pra zoar com a sua cara?!
- Tudo bem, isso foi um balde de água fria, mas vamos ao ponto Arthur estar atrás de você, e por isso você veio até mim, mas o que posso fazer por você Sahra?
Foi a primeira vez que falei o seu nome em voz alta depois de muitos anos, mas saiu com um sentimento diferente não era como qualquer outra pessoa, ela simplesmente mudou algo em mim que não reconheço.
- ALEXANDRE! Preciso de sua ajuda, por favor.
Der repente deu uma dor no meu coração, vi uma lágrima no seu rosto delicado, mas ela limpou rapidamente, tentava aparentar ser forte, porém o seu olhar dissia que estava destruída por dentro isso fez querer ter ela no meu lado para protegê-la sempre.
- Certo, Sahra vou ajudar você, mas precisa me contar o que realmente aconteceu para chegar neste ponto.
Vi a expressão dela ficar mais calma, isso fez tirar um meio sorriso do meu rosto.
- Obrigada, mas como eu disse não posso falar sobre o projeto neste momento, porém prometo que irá saber o mais rápido possível.
Confesso que fiquei um pouco decepcionado com a notícia, mas aliviado pois ela prometeu que iria contar, não sei porque mais tinha algo dentro de mim que dizia que podia confiar nela.
- Ok, então me diga a quanto tempo está neste projeto?
- Há um ano.
- E quantos estão envolvidos?
- Eu comando tudo, mas tenho dois ajudantes Miguel e Paula, mas eles estão a salvo pois não sabem o que realmente se trata, então só resta eu.
- E o governo também.
- Isso eu e o governo, mas para ser mais especifico são eu o secretário de defesa civil e o presidente.
- O QUÊ?
- Eu o secretário de defesa civil e o presidente. (respondeu ironicamente)
- O presidente está envolvido nisso?
- Claro, ele é quem governa o país, mas ele e o secretário tem a sua própria segurança e também Arthur não seria capaz de fazer nada contra eles, com isso só resta a mim.
- Verdade. (falei um pouco mais calmo, mas preocupado pois estava em perigo)
- E por isso estou aqui. (ela falou com uma tristeza)
Então quando percebi o verdadeiro tamanho do problema que envolvia Sahra, aquela mulher que estava em minha frente, linda e simplesmente encantadora, e ao mesmo tempo confiante e com medo do que iria acontecer de agora e em diante, estava correndo perigo de vida e precisava de mim, e por isso, e junto com esse sentimento inexplicável irei protegê-la agora e para sempre.





* Gente ainda não tem titulo, estou recebendo sujetões, e desculpem pelos erros de gramática;
** Não sei se ta bom, mas dou dando o melhor de mim;
*** Acho que essa semana saí o segundo capítulo, mas vou tentar postar os outros cap. mais rapido pq minha faculdade começa semana que vem.

Beijos!

Comunicado

Gente, tou com uns pensamentos na cabeça e tou pensando em escrever quer dizer rabiscar um início de um livro (não sei se é uma boa ideia), mas dizem que a intenção é que vale então por isso não tenho certeza se posto essa semana ainda o primeiro capitulo, quero deixar bem claro que é apenas um passatempo.

Beijos a todos e obrigada.

domingo, 4 de janeiro de 2009

O Código Da Vinci



Enganoso ou Ofensivo?


Pra quem já ouviu cométarios, criticas, ou até mesmo quem é dominador do assunto fica um pouco constragido pelo tema que se trata o livro, que é um romance policial do escritor estadunidense Dan Brown.

Na realidade o livro causou uma polemica enorme, porque questiona a dividade de Jesus Cristo, por apresentar citações apartir da aquitetura, pinturas, rituais secretos (ou organizações secretas como a Opus Dei, Priorado de Sião), colocando como os grandiosos Leonardo Da Vinci e Isaac Newton por exemplo como membros. Uns dos questionamento é apartir da "Ultima Ceia" de D. Vinci sugere que Maria Madalena estava na representação, e ainda mais era companheira de Jesus Cristo, ou seja mostrava que o mesmo era um simples mortal, e que na realidade a simetria entre eles é o elemento feminino (V) .

Contudo ainda conta mais que Maria Madalena ficou gravida e teve uma filho que na verdade é uma menina que se chamava "Sarah", logo revelando que o Santo Graal, que está em constante discurção é a mulher.

Bem em minha opinão, a historia é muito bem elaborada as "provas" podemos dizer assim, ficam bem claras, porém datas e discurções que nunca ficaram provadas realmente, fazem que o livro se torne apenas um conto, mas isso fica a criterio de cada um, no meu caso sou católica e acredito em Jesus e em seus milagres, porém não estou aqui para criticar Dan Brown e nem dizer que estou do seu lado, simplesmente mostrar a realidade, tais desafios à fé devem nos estimular a lidar com essas questões, respondendo as perguntas para satisfazer as mentes honestas e honradas, ou seja você é que decide em que acredita.

Samara Raquel.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Machado de Assis


“Ao vencedor, as batatas!”.

Quem nunca leu Machado de Assis, devem está se perguntado, isso é loucura. Pois bem, issso não é uma loucura de Machado, e sim uma verdade. Em uns dos seu livro, exatamente em Quincas Borba ele conta uma história de duas tribos que estão como fome, e precisa de comida ou se não todos morrem.
Ele dá duas opções, uma é de dividir entre as duas tribos as batatas, porém como são muitas pessoas e a plantação só tem quantidade suficiente para alimentar só uma, e outra opção seria a "guerra" como ele diz, sim exatamente a guerra, pois uma das tribos vai sobreviver totalmente e poder transmintir o seu legado, ou seja isso é a mais pura determinação do Humanitismo, que o seu criador Quincas Borba de Memórias Póstumas e que é o mesmo do livro Quincas Borba , e como toda filosofia, o Humanitismo possuía um princípio, o Humanitas. Para endenter melhor aí está um trecho de Machado, em Quincas Borba:


Crê-me, o Humanitismo é o remate das causas; e eu, que o formulei, sou o maior homem do mundo. Olha, vês como o meu bom Quincas Borba está olhando para mim? Não é ele, é Humanitas...
– Que Humanitas é esse?
– Humanitas é o princípio. Há nas coisas todas certa substância recôndita e idêntica, um princípio único, universal, eterno, comum, indivisível e indestrutível, – ou, para usar a linguagem do grande Camões: Uma verdade que nas coisas anda,/ Que mora no visíbil e no invisíbil.
Pois essa substância ou verdade, esse princípio indestrutível é que é Humanitas. Assim lhe chamo, porque resume o universo, e o universo é o homem. Vais entendendo?
– Pouco; mas, ainda assim, como é que a morte de sua avó...
– Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.



Aí está unas das imagináveis e inúmeras provas de que Machado de Assis é o mais completo e o melhor escritor brasileiro, não é só pela sua linguagem, mas em minha mera opnião a crítica, e principlamente a ironia do começo até o fim, ele consegue prender o leitor e deixar que o mesmo tenha a sua própria ideia sobre determinado assunto:





AO LEITOR


QUE STENDHAL confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores, cousa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, nem cinqüenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual, ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.
Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos cousas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso, mas nimiamente extenso, e aliás desnecessário ao entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.


Brás Cubas



Simplesmente sensacional.


Samara Raquel