quarta-feira, 8 de abril de 2009

Capítulo 2 - A Realidade

Depois de alguns minutos de conversa, percebi que Sahra era muito mais do que um corpo bonito, era encantadora e inteligente, muito inteligente e ia muito além disso, e por esta razão estava neste trabalho.
- Então Alexandre é isso, não vou tomar mais o seu tempo, qualquer coisa ti procuro ou você me liga. - ela me deu o seu cartão. - E também preciso ir pra casa, estou um horror.
Me pergunto como ela poderia dizer isso pra si mesma, ela simplesmente era maravilhosa.
- Tudo bem, mas com uma condição. -ela fez uma cara de surpresa.
- Qual?
- Vou com você.
- O quê? Mas não é necessário, a única coisa que preciso é de um belo banho.
- Não tem importância, vou como você e ponto final. - falei com um sorriso irônico. - E tem mais, eu aceitei em ajudar você, e é isso que vou fazer, custe o que custar, não deixarei você sozinha e com isso a possibilidade de pegar Arthur será maior. - Sabia que devia proteger ela, mas não a esse nível, porém tive que arrumar uma boa desculpa, pois não agüentaria ficar longe dela por muito tempo.
- Hum... - ela estava pensando e com certeza estava em duvida, mas logo falou:
- Ta bom, mas com uma condição. - agora fui eu que fiquei surpreso.
- Diga.
- Você irá dizer que é um velho amigo meu, que veio passar as suas férias comigo, e nada de dizer que você é um delegado, pois se Arthur tiver conhecimento que a policia estar envolvida no caso, será bem pior, e só mais uma coisa, por favor disfarce o uso da arma. - ela falou apontado pra arma na minha cintura.
Como poderia ir contra aquela doce voz? Saía como um veludo as suas palavras, não tinha jeito, respondi:
- Certo.
- Então podemos ir?
- Claro, mas espere um minuto, vou precisar avisa pros agentes que ficarei fora por alguns dias. -ela deu um sorriso em sinal de sim, ah... Aquele sorriso era hipnotizador, era tudo que eu queria naquele momento, ver ela feliz, mas voltei logo a realidade, e retribui o gesto. Então fiz o sinal em direção a porta ela entendeu, levantamos igualmente, mas passei em sua frente para abrir a porta, tinha que ser um cavalheiro, para amenizar um pouco o passado, ela andou levemente pela sala, e passou por mim, nessa hora respirei um pouco mais profundo pra poder aguarda o seu cheiro, pois era um aroma muito agradável, ela passou e imediatamente fechei a porta e falei:
- Sahra! -era virou e olhou nos meu olhos, com aqueles lindos olhos.
- Sim?
- Espere um pouco tenho que avisar ao agente Fabio sobre a situação.
- Ok, vou estar em frente ao prédio esperando por você.
- Como quiser, mas tenha cuidado. - ela deu um leve gargalhada ao escutar a palavra ‘cuidado’, então deu as costas e foi em direção ao portão principal, eu fiz o mesmo, mas no sentido oposto.
- Agente Fábio
- Sim, delegado.
- Fábio estou comunicando que ficarei ausentes por alguns dias, para resolver um caso de urgência.
- Certo delegado, mas posso fazer uma pergunta? - fiz um sinal positivo com a cabeça - tem haver com aquela moça que estava na sua sala?
- Tem sim, mas ainda não posso revelar do que se trata. Por isso você ficará responsável por tudo durante a minha ausência.
- Obrigado senhor pela confiança.
- É isso, até mais Fabio. - dei as costas ao agente e fui ao encontro de Sahra, quando cheguei ao lado de fora da delegacia, lá estava ela sentada no banco que tinha ali próximo, com a cabeça encostada e os olhos fechado, agora não tinha duvida ela estava um caco e lembrei que ela ainda não havia me contado porque estava naquele estado toda suja, me aproximei daquela obra prima, e me sentei ao seu lado e a chamei com um tom mais leve.
- Sahra... Sahra você esta bem?
- Ah!... Oi, estou bem, só um pouco cansada.
- Vamos precisamos ir, você estar de carro?
- Não, meu carro foi roubado ontem a noite, é por isso que me apresento neste estado. - As palavras dela saíram como uma bomba.
- Mais porque não me disse antes, você deve dar queixa.
- Deixa pra lá, Alexandre sei muito bem quem mandou fazer isso.
- Arthur. - Falei com uma raiva irreconhecível.
- Isso mesmo, mas se você não se incomodar, prefiro não relembrar esse fato agora. - Desta vez a sua voz saiu tremula, e com medo, isso fez aumentar a minha raiva.
- Está bem, você me conta quando estiver melhor.
- Obrigada! - e novamente sorriu em sinal de agradecimento.
- Vamos então?
- Claro.
- Por aqui, apontei aonde estava o meu carro. - quando chegamos perto desliguei o alarme e fiz o sinal que podia entra, era obedeceu sem hesitar, entramos ela botou o cinto, e fiz o mesmo.
- Aonde você mora Sahra?
- Na zona sul, no bairro das Palmeiras.
- Sei aonde fica, ah... Se você quiser descansar um pouco ate chegar lá, fique à-vontade.
- É o que vou fazer. - então ela aconchegou no banco e fechou os olhos novamente. Então dei partida no carro e fui em direção as coordenadas que ela me deu. No caminho fiquei observando aquela paisagem e pensando como aquela coisa delicada podia estar envolvida em um enorme problema, e que agora deveria ser forte, para em fretar as dificuldades que viriam pela frente, fiquei remoendo em minha ate chegar no local, isso durou aproximadamente uns 30 minutos, então com uma enorme remorso tive que acorda-lá.
- Sahra.. Sahra, acorde.
- Ahh.. Desculpe, peguei mesmo num sono.
- Não tem problema, mas me diga pra aonde deve ir. - ela acorodu meio perdida.
- Ok, .. Ok, siga em frente e vire na segunda rua a direta e depois a primeira a esquerda, é um prédio azul.
- Certo. -depois de uns minutos.
- É aqui Alexandre, pode colocar o seu carro na minha vaga.
- Ta bem. - quando cheguei em frente ao portão do prédio ela soltou o cinto e se curvou em minha direção para poder falar com o porteiro, isso fez com que pudesse sentir o seu cabeço, era extremamente perfeito, um cheiro de rosas do campo, isso fez meu coração bater mais rápido.
- Oi, Seu Carlos pode abrir o portão, como sempre perdi o meu controle.
- Claro Senhorita.
- Obrigada Seu Carlos.
O portão abriu e segui em frente e estacionei aonde ela apontou. Depois que desliguei o carro ela abriu a porta e saiu, e eu também, trancei o carro, lá estava ela no meu lado me esperando.
- Por aqui, venha.
Acompanhei ela ate o saguão que dava acesso ao elevador. Então veio a supressa.
- Alexandre vou de escadas.
- Por que?
- É.. é.. Sou claustrofóbica, mas se você quiser ir de elevador é o 4º andar apartamento 320, me espera lá.
- Nada disso senhorinha. - falei repreendido ela. - Vou com você.
- Como você quiser.
Então fomos andando em direção as escadas, estava um silencio que não aguentei, e tiver que quebrar.
- Desde quando você é claustrofóbica?
- Deste que me endento por gente. - ela deu um riso de lado.
- Então foi por isso que chorou desesperadamente naquele dia quando trancamos você no banheiro?
- É - ela falou irritada, e percebi que fiz um burrice e precisava ajeitar aquela situação, não poderia deixar ela ficar com raiva de mim, isso era insuportável.
- Desculpe, não era a minha intenção deixa-lá irritada.
- Não se preocupe.
- É sério - falei no mesmo tom, quando um criança pede algo que foi negado.
- Está tudo bem - ela falou com mais entusiasmo - Chegamos!
Ela pegou uma chave debaixo do tapete que ficava em frente a sua porta. Sempre considerei isso uma insanidade, mas logo falei:
- Não acredito nisso!
- No que? - ela falou assustada com a afirmativa.
Eu apontei para chave.
- Ahh.. É isso?! É porque sou muito distraída e perco as coisas com facilidade, mas ainda bem que sou prevenida.
Ela falou numa felicidade só, porque acabara de chegar finalmente em casa, ela abriu a porta e entrou, falou:
- Pode entrar, agora a casa é sua também já que você ficara por alguns dias de férias comigo - falou ironicamente mais também com um lindo sorriso pra mim. E com isso ficarei me perguntado o que seria esse sentimento, amizade, afeto, carinho, culpa pelo passado? Sei lha, mas a única coisa que tinha certeza, que era uma coisa muito mais profunda do que imaginava, e será que ela sente o mesmo, não sei, só o tempo vai dizer.
- Obrigado, mas não exagere muito.
- Tá bom .. Ah deixa eu ti mostra a casa. - o apartamento não era muito grande, porém agradável, tinha três quartos, dois banheiros, uma sala de TV que dava acesso para varanda e a outra de janta, e uma cozinha, tudo normal. Então ela me disse:
- Aqui vai se ser o seu quarto. - o quarto tinha uma cama de casal que para primeira impressão era confortável e cômoda com um TV, com certeza aquele cômodo era pra visitas, mas ela continuou:
- Bem, nas gavetas tem toalhas, e jogo de cama e em relação as suas roupas é por sua conta, só se você quiser que eu emprestes alguns vestidos meus. - ela soltou uma gargalhada gostosa para os meu ouvidos.
- Engraçadinha, mais tarde depois que você descansar agente vamos lá em casa pegar as minha roupas.
Depois das brincadeiras, Sahra falou serio:
- Pronto agora que você conhece a casa fique a vontade, porque vou tomar o meu merecido banho.
- Esta bem, pode ir tranquila - ela se retirou e caminhou para o seu quarto que era uma suíte, depois disso voltei para a sala e reparei que tinha algumas fotos expostas, acredito que era do tempo da faculdade, então andei ate o sofá que era de um couro branco, ao me sentar percebi que era muito macio , logo dedei e puder por os meus pensamentos em ordem, imaginei varias possibilidades de tirar ela dessa enrascada, mas sempre acabava com Sahra sendo um tipo de isca, e isso não podia acontecer, pois a sensação que eu tinha era de puro medo ao bota-lá em perigo. Der repente o silencio foi quebrado, depois de quase duas horas trancada em seu quarto lá estava ela com uma roupa folgada que lhe dava um certo charme e com os cabelos molhados que passava um ar de leveza e um bem estar, logo Sahra parou em minha frente e disse:
- Está bem?
- Estou sim, sabe que esse seu sofá é muito confortável.
- Obrigada, mas você estar pensativo posso saber o que se passa por sua cabeça?
- Possibilidades. -era fez uma cara de curiosa. - De como vou ajudar você.
- Ah é isso.
- Mas mudando o assunto, vamos comer o que afinal, eu estou com fome. - ela simplesmente quase caio pra trás quando se lembrou que não tinha nada pra comer.
- Mil desculpas, estava com tantas coisas na cabeça e tão cansada que acabei esquecendo dessa parte. - falou com um desapontamento de si mesma.
- Não tem problema, eu liguei para um restaurante aqui perto aproveitando enquanto você estava no banho, marquei um almoço para nós dois.
- Que bom! - havia sumido completamente aquele olhar e tristeza e deu lugar para uma alegria radiante. - Mas espere um minutinho que vou trocar de roupa. - Fiz sinal que sim com a cabeça e ela saiu correndo para o quarto se trocar, apostava com qualquer um que ela passaria mais de meia hora dentro daquele closet, mas fiquei supresso pois ela esta de volta em menos de dez minutos. Usava um blusa branca de botão que realçava a sua cintura e um jeans azul claro que contornava o resto do seu corpo, junto com um sapato preto com um abertura na frente e com um pequeno salto, ela estava magnífica, não tinha como eu reagir nesse exato momento, estava encantado pela aquela obra.
- Como estou Alexandre?
- É.. É .. Vo..vo..., você estar ótima - finalmente consegui falar.
- Obrigada! Vamos?!
- Claro - então caminhamos ate chegar na garagem em silencio. Apontei para o carro, e ela abriu a porta e entrou, dei partida e saímos do prédio.


* Gente desculpem os erros gramáticais (tou tentado melhorar)
** Acho que sabado ou domingo sai o cap 3, mas os outros acho que vão demorar um pouco, pois minhas aulas começam segunda-feira.
*** É isso espero que gostem, e obrigada!

4 comentários:

  1. aaah, cara to curiosa, quero saber com que que a Sahra ta envolvida :O ,
    ta ficando legaal Sah, continua :D

    beeijos :*

    ResponderExcluir
  2. ai eu estou muito curiosa você não vai postar mais??
    eu estou adorando...
    beijos

    ResponderExcluir
  3. Saamara, cade a continuação ?parou de escrever ? :S fiquei muuito curiosa pra saber mais da historia.
    Beeijos :*

    ResponderExcluir